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Devia ter algum tempo para brincar.
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O dia não tem horas suficientes.
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Com vocês quatro de cama há 20 anos...
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dá demasiado trabalho manter esta família.
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Se o pai dele estivesse vivo.
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Quando recuperar as forças,
saio desta cama para o ajudar.
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Dizes sempre a mesma coisa...
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mas ainda não te vi pôr um pé no chão.
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Se o chão não estivesse tão frio...
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Olá a todos!
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Acordem, o Charlie chegou!
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Avô George.
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Avó Georgina.
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Avó Josephine.
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Avô Joe!
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É isto o teu jantar, avô?
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É o teu, também.
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Estou farto de água de couve.
Não é suficiente!
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É tudo o que temos!
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O que estás a dizer?
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- E que tal isto?
- Onde arranjaste isso?
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Que diferença faz? Arranjou-o.
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O meu primeiro salário.
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Boa. Vamos ter um verdadeiro banquete.
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Mãe?
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Isto é o que sobrou. Fica com ele.
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Excepto este.
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De agora em diante,
sou eu quem paga o teu tabaco.
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Ninguém o vai pagar.
Estou a deixar de fumar.
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Pai, é só um cachimbo por dia.
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Quando o pão parece um banquete,
eu não tenho direito a tabaco.
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Vá lá, avô.
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Por favor aceita.
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Depois da distribuição,
parei à frente da Wonka.
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Estava lá um homem estranho.
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Acho que era um latoeiro.
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Estava parado atrás de mim
a olhar para a fábrica.
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Antes de se ir embora, disse:
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"Nunca ninguém entra,
e nunca ninguém sai."
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E ele tinha razão!
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É assim desde o trágico dia
que o Willy Wonka a fechou.