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"Henry é anormal. As personagens do
Victor e dela são normais."
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"O público vai estar do lado deles,
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mas ao mesmo tempo vai compreender o
Henry por causa do seu amor desastrado,
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destroçado por causa
da sua absorção com a ciência.
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"A rapariga, nas suas cenas com Henry,
vai receber todo o apoio
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porque percebemos que está a fazer
o melhor que pode com o que tem,
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mas a fazê-lo com alguém de linhagem."
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Mae Clarke, a actriz principal do
James Whale
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no recentemente acabado A Ponte de
Waterloo, de quem ele gostava,
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era uma escolha natural
para noiva do Frankenstein.
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Ela fazia filmes desde 1929, e antes disso
foi bailarina, actriz e cantora,
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começou em clubes nocturnos, em
musicais da Broadway, em vaudeville.
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Em 1974, a autora Anita Loos
revelou que Clarke
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serviu de inspiração à sua Lorelei Lee em
Os Homens Preferem As Louras em 1926.
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"Modelei-a a partir de uma lourinha gira
com que o H.L. Mencken andava a sair."
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"Ela chamava-se Mae Clarke.
O Mencken era um namorado meu."
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Em O Inimigo Público, feito também em
1931, a Clarke foi o recipiente memorável
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de um cacho de uvas torcido
na cara dela pelo James Cagney.
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Contracenou com Cagney em
dois filmes depois de O Inimigo Público -
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Lady Killer e Great Guy.
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A Mae fazia o papel aparatoso
da Molly, a prostituta,
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na versão de 1931 de A Primeira Página.
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Mas o seu papel principal
em A Ponte de Waterloo,
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em que fazia de mulher forçada a
prostituir-se pelas suas circunstâncias,
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foi o papel preferido de Clarke -
e ela está excelente nele,
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dando-nos uma representação
de uma delicadeza extraordinária.
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Devido às complicações legais de duas
novas versões, uma com a Vivien Leigh,
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não foi possível vê-la
durante décadas.
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James Whale disse isso sobre
Frankenstein
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"Pedi a Mae Clarke para a Elizabeth
por causa da sua inteligência, fervor
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e crença sincera de que Frankenstein
mereceria o interesse do público."