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Agora por isso, vi o Joel Cairo esta noite.
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-Conhece-lo?
-Vagamente.
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Você é boa. É muito boa.
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-Que disse ele?
-Sobre o quê?
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-Sobre mim.
-Nada.
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Então, de que falaram?
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Ele ofereceu-me $5.000 pelo pássaro preto.
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Não vai andar à volta da sala
a endireitar as coisas
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e a atiçar o lume, pois não?
-Não, não vou.
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Que disse?
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Eu disse que $5.000 era muito dinheiro.
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E é. É mais do que alguma vez
eu lhe possa oferecer,
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se tivesse de licitar a sua lealdade.
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Isso é giro vindo de si.
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O que é que me deu para além de dinheiro?
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Alguma vez se abriu comigo,
disse a verdade?
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Não tentou comprar a minha lealdade
com dinheiro?
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Com que mais o posso comprar?
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Não me interessa
quais são os seus segredos.
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Mas não posso continuar
se não confiar mais em si.
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Tem de me convencer
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que não anda apenas a brincar,
à espera que acabe tudo bem no final.
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Confie, é só mais um tempo.
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Quanto tempo é isso?
Está à espera de quê?
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Tenho de falar com o Joel Cairo.
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Pode vê-lo esta noite.
Ele está no teatro. Sairá em breve.
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Deixarei recado no hotel dele.
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Mas ele não pode vir aqui.
Ele não pode saber onde estou.
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-Tenho medo.
-Na minha casa, então.
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Está? Quero deixar um recado
para Joel Cairo.