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Já falou com o Cairo.
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Agora, pode falar comigo.
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-Sim, com certeza.
-Estou a ouvir.
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Ainda estou a ouvir.
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Veja só as horas! Tenho de ir andando.
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Não. Só depois de me ter contado tudo.
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Sou uma prisioneira?
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Talvez o rapaz
ainda não tenha ido para casa.
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Acha que ele ainda lá está?
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Provavelmente.
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Pode começar agora.
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É a pessoa mais persistente.
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E a mais louca e imprevisível, não?
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Que pássaro ou falcão é este,
que toda a gente quer?
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Suponha que não lhe contava nada
sobre isto?
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Que faria, algo louco e imprevisível?
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Talvez fizesse.
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É uma figura preta, como sabe,
uniforme e brilhante,
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de um pássaro, um gavião ou um falcão,
deste tamanho.
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Tome. O que...
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O que o torna tão importante?
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Não sei. Não me disseram.
Ofereceram-me 500 libras
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se eu os ajudasse a tirá-lo
ao homem que o tinha.
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-Isso foi em lstanbul?
-Marmora.
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Continue.
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Mas é tudo.
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Eles prometeram-me 500 libras
se eu os ajudasse, e eu ajudei.
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Depois descobrimos que Joel Cairo
tencionava abandonar-nos,
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Ievando o falcão com ele,
deixando o Floyd e eu sem nada,
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então fizemos-lhe exactamente isso.
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Mas depois não fiquei melhor
do que antes, porque o Floyd
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não tinha intenção de manter
a promessa de dividirmos
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em partes iguais.
Apercebi-me disso quando aqui chegámos.
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-De que é feito o pássaro?
-De porcelana ou de pedra preta.
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Não sei. Só o vi por um breve instante.
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O Floyd mostrou-mo
quando ficámos com ele a primeira vez.
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É uma mentirosa!
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Sou. Sempre fui mentirosa.
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Não se vanglorie disso.
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Havia alguma verdade
naquela história comprida?
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Alguma.
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Não muita.