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Ás vezes, à noite...
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esta escuridão,
este silêncio, oprime.
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A paz me amedronta.
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Temo a paz acima de tudo.
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Parece apenas uma aparência...
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que oculta o inferno.
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Penso o que verão,
amanhã, meus filhos.
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Dizem que o mundo será maravilhoso.
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Mas como,
se basta um telefonema...
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anunciando o fim de tudo.
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Deveríamos nos libertar
de paixões e sentimentos...
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na harmonia da obra
de arte realizada.
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Naquela ordem encantada.
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Conseguiríamos
nos amar tanto.
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e vivermos soltos
além do tempo.
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Soltos!
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Soltos!
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Não posso passar
a vida lhe telefonando.
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Querendo trabalhar em paz.
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Sei lá!
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Por favor, quer
desligar o som?
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Não digo onde estou
e quando volto!
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Vá para o inferno!
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Louca, desgraçada!
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Poderia se calar?