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Papai!
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Até que enfim.
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Estou em Roma desde cedo.
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Procurei-o em casa, no jornal.
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Já ia embora. Um amigo
seu disse que esperasse.
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É o Paparazzo.
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Fico fora trabalhando o dia
todo. Em casa, só durmo.
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-O que faz em Roma?
-Fui ao ministério.
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Aquele porcaria de processo.
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Aqui entra arei em tudo.
E você, parece bem.
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Você também.
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-E a mamãe?
-Mandou-lhe uma carta.
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Ela está bem.
Sempre afobada, você sabe.
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E com a idade, vai piorando.
Aqui está.
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-Pobre mamãe
-Mas você, meu filho...
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poderia escrever mais
e aparecer de vez em quando.
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-Faz tempo que não aparece.
-Eu sei, é que...
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Olá, Marcello.
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Ela cumprimentou?
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É uma atriz?
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Bem que ela gostaria.
É uma qualquer.
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Mas, atriz...
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Quer tomar algo?
Um ''gim fizz''?
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Gim Fritz? O que é Fritz?
Minha cerveja está ótima.
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Nossa! Que movimento
aqui à noite!
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É sempre assim?
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Para nós a esta hora,
tudo fica escuro e triste.
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Mas você está bem, não?
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-Já acostumou aqui?
-É, já.
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E o trabalho, rende?
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Papai, o Jornalismo,
até que rende.
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Eu tive sorte.
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Vou aos ministérios
ao Vaticano.
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Já estou de carro, veja!
E tenho apartamento.
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Aliás, quando ligo para lá,
responde uma mulher. Quem é?
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Sei, você já é homem.
Só não cometa tolices.