Spartacus
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:10:15
- Bem-vindo, Lentulus Batiatus.
- E dizes bem, meu caro capitão.

:10:24
Vinte quilómetros
neste calor infernal...

:10:26
e mais o custo
desta escolta-- uma desgraça!

:10:30
E aposto que não tens nada de jeito
para me vender, pois não, capitão?

:10:34
Desperdicei tempo e dinheiro.
Diz-me a verdade.

:10:38
Acho que temos alguns
que te podem interessar.

:10:40
O quê, estes? Carrion!
Os abutres não chegaram a tempo.

:10:45
Este aqui não é mau.
É gaulês.

:10:47
Não gosto de gauleses. Muito cabeludos.
:10:52
-Ele consegue descer dali sem ajuda?
-Tu, vem cá abaixo!

:10:56
Desce!
:11:02
Faz-me um favor
e mostra-me os dentes dele.

:11:04
- Abre a boca!
- Obrigado.

:11:09
Bom. O estado dos dentes
mostra como estão os ossos.

:11:12
Esta boca é
uma desgraça.

:11:16
- Este está a cair aos bocados.
- Mas temos outros. E muitos!

:11:25
O sol está ali.
E tenho eu que pagar a esta gente.

:11:30
O que é aquilo?
:11:31
Aquele é da Trácia.
Está ali para servir de exemplo.

:11:35
- Como?
- Fica ali até morrer à fome.

:11:38
É a única coisa que eles entendem.
:11:40
Que desperdício.
:11:45
Reage. Bom tónus muscular.
Posso ver-lhe os dentes?

:11:50
Abre a boca, Spartacus!
:11:52
Tens o cheiro de um rinoceronte.
:11:58
Capitão, mandaste-o abrir
a boca. Ele não te obedece?


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