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Acreditem.
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Não suporto a dor.
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É fácil ter coragem
em liberdade e entre amigos.
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Mas eu fui apanhada.
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Ninguém foi ajudar-me.
Estava sozinha.
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Sozinha nas mãos deles.
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Disseram que me levariam
para os bordéis deles.
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Que me torturariam.
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Vi o que eles fizeram a outros.
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Desculpem.
Não suporto a dor.
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Quando cá chegámos...
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...porque não se juntou a nós?
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Podia ter vindo connosco!
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Era a única hipótese
de se livrar deles!
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Nunca houve hipótese.
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Nunca tiveram hipóteses!
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Estavam condenados
desde o início.
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Nunca conseguirão
sair daqui!
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Tentei dizer-lhe ontem.
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Pode fazer alguma coisa?
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Não sei.
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Há sempre maneira
de fazermos rebentar explosivos.
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O essencial é estarmos longe
quando rebentam.
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Não está a esquecer-se
de uma coisa?
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Dela.
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Temos três hipóteses.
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Primeira, deixá-la aqui.
Mas podem encontrá-la.
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E ela não precisa
de soro da verdade.