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-A verdade. Que aconteceu?
-Que direito tens tu de estar aqui?
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Sabem a que me refiro.
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De que têm medo?
:26:12
De que temos medo?
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Queres saber o que nós queremos saber.
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-Que se passou hoje de manhã?
-Eu sei a verdade.
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Vocês roubaram o corpo.
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Achas que O podemos ter escondido aqui,
entre nós.
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Mas aconteceu outra coisa.
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Se O encontrares aqui,
serà porque Ele veio sozinho.
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Por aquela porta, como tu.
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Não acreditem nisso. Eu vi o corpo.
Ele estava morto.
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Se tivesses a certeza disso,
não estarias aqui.
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Ele ressuscitou.
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Confio Nele e espero.
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São todos malucos.
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Que achas que estàs a fazer,
ao fazer essa rede?
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Não hà mar onde pescar,
a não ser na Galileia.
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É o que estou habituado a fazer.
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Mas as ruas das cidades
têm de ser o meu mar agora.
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Ele brincou com isso
quando nos afastou dos nossos barcos.
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Disse que no futuro,
os nossos peixes seriam homens.
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Era uma brincadeira séria.
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Significava que nos dera a palavra
para pescar homens do mar das trevas...
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para a luz.
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E consideras-te pescador?
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Tenho de te dizer o que acontece
aos peixes?
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Eles lutam, sufocam e morrem.
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Nós lutamos e sufocamos.
Disseste algo certo.
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Pobres peixes.
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Eu também...
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tenho de lutar e sufocar.
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E morrer.
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E morrer para poder viver.
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Essa é a vantagem dos homens
sobre os peixes.