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-A multidão està zangada.
-Querem sangue.
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Ficaram enfurecidos com o Sahak,
que não matou o homem dele.
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Se o imperador estivesse cà,
ele não teria escolha.
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Espera até amanhã.
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Ele terà a morte,
se tiveres a sorte de ganhar.
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-Não tirarei nenhuma vida.
-Ai não?
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Diz isso ao imperador.
Ele ensina-te como é.
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-Quando ele diz morte, é morte.
-O verdadeiro Deus diz vida.
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-Só obedeço a Ele.
-Ouçam este homem.
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Por Deus, se ele contradiz o imperador...
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-A quem chamas teu Deus?
-Ao único.
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O resto são invenções do medo,
histórias do passado,
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que podem ajudà-los tanto
como este colete sangra.
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Larga isso.
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-A insultar os deuses antes de lutarmos.
-Qual serà a vingança de Marte?
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Nenhuma. Ele não existe.
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Marte não existe?
Que queres dizer com isso?
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Queres calar-te?
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O verdadeiro Deus é maior
do que o homem pode imaginar.
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Ele tornou a vida tão profunda e forte
como o mar.
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Os vossos deuses são tão baixos
como um charco mal cheiroso.
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Ele està acima de nós e à nossa volta,
em nós. Como o ar no nosso corpo.
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E tem uma lei que mudarà a nossa vida.
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Essa lei é o amor.
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O que fizermos
para quebrar essa lei, condena-nos.
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E para vermos como é o amor Dele,
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mandou o filho Dele
viver a vida de um homem.
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Para mostrar que Deus
percebe a vida que criou.
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-Quem te impingiu isso?
-Que queres que façamos?
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De que nos servirà na arena?
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Perderemos a boa vontade
dos deuses que conhecemos.
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Amanhã, na arena, mostrem ao imperador
que sabemos o valor da vida.
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Deitem fora as vossas armas.
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Acham que todas as coisas
da Terra e dos céus...
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foram feitas só para comermos,
ganharmos dinheiro,
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fazer filhos, matar e morrer?