Doctor Zhivago
anterior.
apresentar.
marcadores.
seguinte.

:06:02
Não sou um agente dos Brancos,
comandante.

:06:06
Não, acho que não.
:06:08
Obrigado, camaradas.
Sente-se, doutor.

:06:10
Leva isso.
:06:13
Não é tão idiota como parece.
Já tive atentados.

:06:22
É o poeta?
:06:24
Sou.
:06:25
-Eu admirava a sua poesia.
-Obrigado.

:06:29
Agora já não admiro.
:06:31
Acho-a absurdamente pessoal.
Não concorda?

:06:34
Sentimentos, afectos!
Agora é tudo tão trivial!

:06:39
Não concorda. Faz mal!
:06:42
Na Rússia, a vida pessoal morreu.
A História matou-a.

:06:47
Vejo que talvez me odeie.
:06:51
Odeio tudo o que diz, mas não
o suficiente para o matar.

:06:57
Tem um irmão.
:06:58
-O Yevgraf?
-Sim, o polícia.

:07:02
-Não sabia isso.
-Talvez não. É um polícia "secreto" .

:07:05
Mandou-o vir cá?
:07:07
Não! O Yevgraf é bolchevista!
:07:13
Não percebo nada dessas coisas.
:07:16
Percebe e muito.
:07:19
Quando entrou, reconheceu-me.
Como?

:07:23
-Mostraram-lhe fotos?
-Não.

:07:26
Tenho a certeza
que me reconheceu.

:07:31
Já o tinha visto, comandante.
:07:34
Quando?
:07:35
-Há seis anos.
-Continue.

:07:38
Na véspera de Natal.
:07:41
Estava lá. . .
:07:43
. . .ou alguém lhe contou?
:07:45
Tratei do homem que foi ferido
pela sua mulher.

:07:49
Porque diz "minha mulher"?
:07:52
Voltei a encontrá-la.
Servimos juntos na frente ucraniana.

:07:57
De certeza que ela confirma
o que eu disse.


anterior.
seguinte.