Ultimo tango a Parigi
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:52:02
Quer dizer quando ele saltou-lhe
para a cueca.

:52:05
Ele era uma criança prodígio.
Tocava com as duas mãos.

:52:08
Aposto que era.
:52:10
Provavelmente a satisfazer-se.
:52:12
Morríamos de calor.
:52:15
Oh, sim.
Boa desculpa. Que mais?

:52:19
À tarde, enquanto os adultos
dormiam uma soneca...

:52:23
- Começava a agarrar-lhe o membro.
- É maluco!

:52:25
- Bem, ele tocava-lhe.
- Nunca o deixei!

:52:29
Mentirosa, mentirosa, cuecas a arder,
o nariz tão grande como o do Pinóquio.

:52:33
Não, não estou a mentir.
:52:35
Olhe-me nos olhos e diga,
"Ele não me tocou uma só vez."

:52:40
Ele tocou-me, mas a forma como o fez.
:52:43
A forma como o fez.
:52:46
Está bem, que é que ele fez?
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Atrás da casa, havia duas árvores.
:52:51
Um plátano e um castanheiro.
:52:53
Sentava-me debaixo do plátano
e ele sentava-se debaixo do castanheiro.

:52:57
E um, dois, três...
Começávamos a masturbar-nos.

:53:00
O primeiro a vir-se...
:53:02
..ganhava!
:53:10
Porque é que não me ouve?
:53:14
Quando é que se veio da primeira vez?
Que idade tinha?

:53:17
A primeira vez?
:53:20
Estava atrasada para escola.
:53:22
Comecei a correr e encosta abaixo.
:53:26
De repente,
senti uma enorme excitação.

:53:30
Por isso corri desenfreadamente
:53:32
e vim-me enquanto corria.
:53:34
Quanto mais depressa,
melhor era e vinha-me ainda mais.

:53:38
Dois dias mais tarde,
tentei fazê-lo de novo,

:53:41
mas sem sorte.
:53:49
Porque é que não me ouve?
:53:52
Porque é que sinto que estou a falar
para o boneco quando falo consigo?

:53:56
A sua solidão pesa em mim.
:53:58
Não é complacente. Não é generoso.

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