Ultimo tango a Parigi
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- Casamento?
- Sim.

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Vejo-o em todo o lado. A toda a hora.
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Como assim, todo o lado?
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- Nas paredes. Nos edifícios.
- Paredes e edifícios?

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Sim, em cartazes publicitários.
Que vendem?

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Carros. Carne enlatada. Cigarros.
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Não. É tudo sobre casais jovens.
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Antes do casamento, sem filhos.
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Depois o mesmo casal,
casado com filhos.

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Em resumo, casamento.
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O casamento perfeito, ideal, sucedido.
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Não é mais reserva da Igreja.
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O marido era sobrecarregado de
responsabilidades e a mulher censurada.

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Os enlaces na publicidade sorriem!
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Eles sorriem. Nos cartazes.
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Nos cartazes, claro. Mas porque não
levar a sério um cartaz de casamento?

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Casamento... Casamento pop!
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Pop? Essa é a fórmula.
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Para a juventude pop, casamento pop!
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Mas... e se o casamento pop
não der resultado?

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Então tem de se reparar isso
como se repara um carro.

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Os cônjuges são dois trabalhadores
em fato de macaco

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debruçando-se sobre o motor.
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E em caso de adultério
que acontece ao casamento pop?

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Nesse caso,
há três ou quatro trabalhadores.

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E o amor?
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O amor é pop?
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Não. Não é. Amor não é pop.
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Amor não é pop. Então o que é?
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Os trabalhadores vão para
um apartamento secreto,

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despem os fatos de macaco e tornam-se
novamente homens e mulheres

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e fazem amor.
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Estás bela.
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É o vestido que faz a noiva.
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Está melhor que a Rita Hayworth.
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Melhor que a Joan Crawford!
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Melhor que a Kim Novak!
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Melhor que a Lauren Bacall!

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