1:07:03
É a verdade. Ainda hoje o é.
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Gostas de estar connosco, Teo?
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Tío, o mar é ali.
Olha, é uma risca azul.
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- Pai, posso conduzir o cavalo?
- Nao.
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Entao, que faco aquí?
Va lá, deixa-me conduzi-Io.
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Era a primeira vez que um cavalo
seria conduzido por um burro.
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Nao é mais rápido por ali?
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É uma estrada péssima, cheia
de buracos que engoliriam a carroca.
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- Que se passa? Algum problema?
- Deixa-o.
1:07:39
Por que trazes isso no bolso?
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As pedras.
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- Mas elas pesam, nao?
- Mas as pedras sao muito bonitas.
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Sim! Pára, Tino!
Pára, pára...
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- Que disse ele?
- Que foi?
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- O Teo tem de ir aliviar-se.
- Se está aflito...
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Cuidado ao desceres.
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- Tu também?
- Sim. Porque?
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Nao se demorem, avo,
pois tenho fome.
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O pai do meu pai costumava dizer:
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"Se em forma queres ficar,
muito vais ter de mijar!
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Se queres ser sao,
mija tantas vezes como um cao."
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Que verde! Que maravilha, Teo!
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- Quantos anos tem essa égua?
- Tres anos e dois meses.
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Tem apenas um vício.
Nao suporta o apito dos comboios.
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Quando estou de servico a estacao,
vejo-me grego para a manter quieta.
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- Que vai dar-lhe para comer?
- Um prato de cappelletti.
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Que fizeste?
Nao desapertaste as calcas?
1:08:52
Pai! O tío mijou nas calcas!
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Caramba!
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Dizem que é normal.
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Nao desapertou as calcas.