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Não posso fazer isso.
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A igreja exigirá provas de possessão.
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Como o quê?
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Como falar uma língua
que ela nunca aprendeu.
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O que mais?
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Não sei. Terei de averiguar.
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Pensei que fosse perito.
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Não há peritos.
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Não em matéria de possessão.
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Ela não diz ter um demônio,
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mas ser o próprio Demônio.
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Para um psiquiatra é o mesmo que dizer...
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que é Napoleão Bonaparte.
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Perguntou o que acho melhor
para sua filha.
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Seis meses em observação...
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no melhor hospital que achar.
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Se me mostrasse uma sósia de Regan,
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com o mesmo rosto, voz, tudo,
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eu saberia que não era ela.
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Saberia, no fundo.
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Eu lhe digo que aquilo lá em cima
não é minha filha!
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Diga-me que tem certeza...
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de que não há nada errado com ela,
além do cérebro,
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e que um exorcismo de nada serviria.
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Vamos! Diga-me isso!
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Regan sabia que viria um padre?
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Não.
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Sabia que minha mãe morreu há pouco?
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Sabia. Sinto muito.
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Regan sabia disso?
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Claro que não.
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Por que pergunta?
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Não importa. Boa noite.