:08:01
Por causa da minha perturbaqão mental,
desde as minhas experiências atómicas,
:08:06
eu era objecto voluntário
da influência de Goldstein.
:08:10
Eu era teimoso e egocêntrico.
:08:13
Se me surgiam os meus próprios
pensamentos, deliciava-me neles.
:08:16
Fui as zonas proletárias.
Fiz sexo com prostitutas.
:08:21
Contraí sífilis deliberadamente.
:08:24
E foi por esta altura que tive contacto
com a Resistance.
:08:28
Eu fui pessoalmente contactado pelo
traidor-mor Goldstein
:08:32
e recebi ordens para matar
oficiais do partido Interno.
:08:35
- Porra.
- Admito tê-Io feito.
:08:39
Os meus agentes forjaram documentos
e entraram no Ministério da Verdade...
:08:43
Crime do pensamento é morte.
:08:46
Crime do pensamento não implica morte.
:08:49
Crime do pensamento é morte.
:08:54
Eu cometi, mesmo antes
de ter comeqado a escrever,
:08:58
o crime essencial que, em si próprio,
contém todos os outros.
:09:03
...a encorajar os meus agentes a estragar
cartazes e anúncios do partido.
:09:08
Eu li e memorizei o livro de Goldstein.
:09:12
Durante 30 anos,
eu conspirei para destruir o partido.
:09:16
Eu estava doente da mente e do corpo.
:09:18
Em conjunto com os meus colegas,
Aaronson e Rutherford,
:09:23
falsifiquei importantes
documentos do partido,
:09:27
incluindo antigas guias de transito
e passes de Londres.
:09:31
E fazendo uso destes documentos
:09:34
os meus agentes viajaram livremente
pela Airstrip One,
:09:37
encorajando revolta
e organizando uma contraconspiraqão
:09:41
para destruir a mais secreta facqão
da chefia de Oceania.
:09:46
Além disso, usei a minha posiqão
privilegiada dentro do partido Interno
:09:53
para perverter e trair constantemente
e sugerir, sempre que possível,
:09:58
que os nossos aliados tradicionais em
Lestásia eram os nossos inimigos letais.