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Estou aqui.
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- Se te rires, chego-te.
- Que aconteceu?
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Ou é das drogas que tomei nos anos
60, ou estou realmente apaixonada.
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Que achas? Francamente.
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Acho que estás bestial.
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- Pareço uma mamã.
- Um bocado, mas não faz mal.
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Pareces feliz.
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E estou.
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É esquisito, mas estou... Viste-o?
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É dos que sobem na vida a pulso,
mas tão simpático!
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Tem emprego, é heterosexual...
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Estou tão lançada,
que da próxima vez que me vires,
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se calhar estou a escolher
as porcelanas.
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E tu estás bem? Não, não estás.
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- Tem a ver com a tua mãe?
- Não é isso.
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Problemas com o rapaz?
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- Muito mal?
- Não imaginas.
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Largou-me.
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Disse que tinha convidado
outra e que se tinha esquecido.
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Até me custa a crer.
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Sinto-me tão humilhada!
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Apetecia-me matá-Io, juro.
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- Atirei-me de cabeça.
- Eu sei.
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O amor é uma coisa horrível.
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Chora à vontade.
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Lembras-te de me dizeres que podia
ficar com o teu vestido do baile?
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Preciso dele.