:53:07
Näo faz mal. Näo tenha pressa.
:53:09
Que aconteceu?
:53:13
Ele deu-lhe um tiro na cabeça.
:53:20
Depois, o rapaz
atirou-se para cima dela...
:53:23
...e ele também
lhe deu um tiro na cabeça.
:53:32
Até que um deles disse:
"Mischka, vamos embora daqui".
:53:35
E afastaram-se.
:53:36
Ele tratou-o por Mischka?
:53:38
Sim.
:53:40
Mrs. Hollo...
:53:44
È este o homem...
:53:47
...que alvejou a mäe e o rapaz?
:53:50
Sim, é esse o homem.
:53:59
Passou mesmo por mim
quando se afastaram.
:54:01
Passou täo perto que eu podia
ter esticado a mäo para lhe tocar.
:54:04
Näo tenho mais perguntas, Sr. Dr. Juiz.
:54:07
A testemunha é sua.
:54:09
Mrs. Hollo,
deve ter uma memòria prodigiosa
:54:11
para reconhecer um rosto
que viu de passagem hà 40 anos.
:54:14
- Sr. Dr. Juiz?
- Sim.
:54:16
Mrs. Hollo...
:54:18
Fez um telefonema
para Budapeste, ontem à noite?
:54:21
Protesto. Irrelevante e insignificante.
Esta mulher näo é arguida.
:54:25
Prende-se com o estado
de espírito da testemunha.
:54:27
O estado de espírito da testemunha
näo està em causa, aqui.
:54:29
- Eu permito. Passe ao que interessa.
- Telefonou para Budapeste?
:54:35
Sim. Falei com o meu filho.
:54:37
E que faz o seu filho na Hungria?
:54:39
Protesto. A vida do filho dela
näo tem importância neste julgamento.
:54:43
Indeferido.
:54:46
Que faz o seu filho?
:54:52
È assistente
do vice-ministro da Agricultura.
:54:55
- È um funcionàrio comunista?
- Protesto. È caça aos comunistas.
:54:58
Tenho de interrogar esta testemunha
no que toca à motivaçäo.