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Tenho andado a pensar muito,
e é assim, eu amo-te.
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- O quê?
- Eu amo-te.
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- Como esperas que eu responda a isto?
- Que tal, tu também me amas?
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- Que tal, vou-me embora?
- O que eu disse não significa nada para ti?
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Desculpa, Harry. Eu sei que é véspera
de Ano Novo, eu sei que te sentes só,
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mas não podes aparecer, e dizer que me
amas, e esperar que fique tudo bem.
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- Não funciona assim.
- Então, como funciona?
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- Não sei, mas não é assim.
- Então que tal assim?
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Adoro que tenhas frio quando estão 22º lá fora.
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Adoro que demores 1 hora e meia a pedir uma sandes.
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Adoro quando ficas com uma covinha sobre o nariz
quando olhas para mim como se fosse um louco.
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Adoro que quando passo um dia contigo,
consigo cheirar o teu perfume na minha roupa.
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E adoro que sejas a última pessoa com quem
quero falar à noite antes de ir dormir.
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E não é porque esteja só
ou porque é a véspera de Ano Novo.
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Eu vim aqui hoje, porque quando chegas à conclusão
que queres passar o resto da vida com uma pessoa,
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queres que o resto da vida comece,
o mais cedo possível
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Vês?
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Isso é mesmo teu, Harry.
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Tu dizes coisas como essas, e fazes com que seja
impossível para mim odiar-te!
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E eu odeio-te, Harry.
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Odeio-te de verdade.
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Odeio-te.
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O que é que esta canção quer dizer?
Durante a minha vida toda, nunca soube.
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"Devem todos os conhecidos serem esquecidos" -
devemos esquecer todos os conhecidos?
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Ou se nos esquecermos deles,
devemos lembrá-los?
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O que não é possível
porque já os esquecemos!