Cyrano de Bergerac
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:10:00
“Feliz quem longe das cortes...”
:10:03
Vou zangar-me!
:10:09
- Ajudai-me, senhores!
- Mas continue, então!

:10:12
Seu gordo,
se continuas a representar,

:10:14
sou obrigado a partir-te
a cara!

:10:15
Basta!
:10:16
Ou os marqueses se calam
nos seus assentos,

:10:18
ou eu lhes viro os galões
com a minha bengala!

:10:21
- Já basta! Montfleury...
- Ou Montfleury sai...

:10:23
ou eu lhe corto as orelhas
e lhe faço sair as tripas!

:10:26
Ordeno que saia!
:10:27
- Mas, senhor...
- Ainda não saiu?

:10:29
Bom! Vou subir ao palco e,
como num bufete,

:10:32
cortar às fatias
esta mortadela de Itália!

:10:37
Ao insultar-me, Senhor,
vós insultais Thalie.

:10:42
Montfleury! Montfleury!
Fora daqui, Cyrano.

:10:46
Peço-vos, por favor, tende
piedade da minha bainha.

:10:49
Se continuais, ela vai
oferecer-vos a lâmina!

:10:51
Tu, sai do palco.
:10:54
Então? Alguém reclama?
:11:00
A “Clorise”! Representai!
A peça de Baro!

:11:05
Se oiço mais uma vez essa cantiga,
desanco-vos a todos!

:11:08
Julgais que sois Sansão?
:11:11
Ordeno que vos caleis.
:11:13
E lanço um desafio colectivo
à plateia!

:11:15
Inscrevam-se!
Aproximem-se, jovens heróis!

:11:18
Cada um na sua vez!
Vou pôr por ordem!

:11:21
Vamos, quem quer abrir
a lista?

:11:26
Vós? Não?
:11:33
O primeiro duelista,
:11:35
envio-o com as honras
que lhe são devidas!

:11:37
Que levante o dedo todo aquele
que quiser morrer.

:11:40
O pudor protege-vos
contra a minha espada nua?

:11:44
Nem um nome?
:11:47
Nem um dedo?
:11:48
Está bem. Eu continuo.
:11:51
Ora bem, quero ver o teatro
curado deste tumor.

:11:56
Senão... o bisturi!

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