Cyrano de Bergerac
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1:17:02
Mas quem será que me envia
uma carta à meia-noite?

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Só pode tratar-se
de uma santa razão!

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Foi um digno senhor que...
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- É de Guiche!
- Ele atreve-se?

1:17:10
“O meu regimento vai partir.
Não sigo as vossas ordens.

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Fiquei para permanecer convosco
esta noite.

1:17:14
Entro muito secretamente,
esperai-me...”

1:17:16
“Espero que os vossos lábios
que ora me sorri...”

1:17:20
Meu padre! Eis o que diz
esta carta. Escutai!

1:17:23
“Menina. É preciso obedecer
à vontade do Cardeal,

1:17:27
por mais duro que isso
vos pareça,

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razão pela qual escolhi,
1:17:31
para levar estas linhas até
às vossas encantadoras mãos,

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um muito santo, um muito inteligente
e discreto capuchinho.”

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“Queremos que ele vos dê,
e em vossa casa,

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a bênção nupcial,
no mesmo instante...”

1:17:41
- Casar-vos! Com quem?
- “... e imediatamente!”

1:17:43
Como?
1:17:44
Cala-te!
Bem vês que ela inventa!

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“Christian deve secretamente
tornar-se vosso esposo; envio-vos.

1:17:49
Ele não vos agrada.
Tendes de vos resignar.”

1:17:53
Coragem, minha menina!
1:17:54
Estava eu com medo!
1:17:57
Só podia tratar-se
de uma coisa santa!

1:17:59
É horrível!
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- Sois vós?
- Não, é ele!

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Mas, o castigo não é assim
tão repugnante.

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Estará ele certo?
1:18:05
“Post-Scriptum: Dai para
o convento cento e vinte moedas.”

1:18:08
Digno, digno senhor!
Resignai-vos!

1:18:10
Resigno!
1:18:12
É preciso que nos unamos,
senhor, sem resistência.

1:18:15
Era o vosso desejo?...
1:18:17
Sim, ou não?
1:18:18
Sim, penso que sim.
Vamos, despachai-vos!

1:18:20
De Guiche está a chegar!
1:18:22
A vós, dou-vos um quarto
de hora para os casar!

1:18:39
Tu serás minhas testemunha!
Levanta-te! Acorda!

1:18:41
- Testemunha?
- Levanta-te.

1:18:43
Testemunha de quê?

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