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- Sou uma má mãe. Sou uma má mãe.
- Não é nada.
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Está a censurar-se demasiado.
São coisas que acontecem.
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Isto acontece, sabe.
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Quer saber quem são os maus pais?
Olhe para nós.
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Andamos na estrada 48 ou 49 semanas por ano.
Quase não vemos as nossas famílias.
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Ali o Joe, Deus...! Esquece-se muitas
vezes dos nomes dos filhos.
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Ali o Ziggy... nem conhece o dele.
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Eddie... Esperemos que nenhum
deles escreva um livro sobre ele.
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Alguma vez foi de férias
e deixou o seu filho em casa?
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Não.
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Mas uma vez deixei um na casa funerária.
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Sim. Também foi terrível.
Eu estava desfeito.
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Eu e a minha esposa deixámos o miúdo o
dia todo na casa funerária. O dia todo.
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Quando lá fomos à noite,
quando nos apercebemos,
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lá estava ele, esteve o dia todo
sozinho com um cadáver.
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Mas ele ficou bem,
ao fim de seis ou sete semanas.
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Recuperou e recomeçou a falar.
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Mas ele está bom. Eles ultrapassam as
coisas, os miúdos são resistentes.
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- Talvez não devêssemos falar disto.
- Foi a senhora que falou.
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Eu sei.
Lamento...