1:53:01
Abandonada,
1:53:05
como se estivesse morta,
1:53:09
ela planeia o suicídio.
1:53:14
Até que apareceu o sonho.
1:53:18
No sonho, a destruidora era destruída.
1:53:22
Um sonho que merecia ser vivido.
1:53:29
Com a maior simplicidade,
1:53:35
com toda a clareza,
tudo se coloca no seu lugar.
1:53:41
Tem de ser um crime
1:53:43
que o seu marido declare insolúvel
e todos acreditem.
1:53:49
Ela tem de dar a aparência de violação.
1:53:53
Mas tem de deixar o marido sem indícios.
1:53:56
Se ele descobrir quem foi,
1:53:59
porá o caso no arquivo de crimes
sem solução.
1:54:04
Uma violação
1:54:07
de um qualquer tarado sexual.
1:54:13
Mas, durante toda a vida,
1:54:16
ele saberá que foi ela.
1:54:23
Ela recorda um jogo de copos
que comprou para essa mulher
1:54:26
como prenda do gabinete do seu marido.
1:54:31
Compra outro jogo.
1:54:34
O marido bebe uma cerveja certa noite,
1:54:39
e nem sequer fez comentários
sobre o copo.
1:54:42
As impressões digitais ficam no copo.
1:54:48
Então, em certas manhãs,
1:54:52
ela guarda o fluído ao retirar o diafragma.