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Lá vem ele.
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Desculpe incomodá-lo. Somos detectives
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e estamos a investigar
um acidente de automóvel.
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Talvez tenha ouvido falar.
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Sim, na televisão.
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A minha mulher até disse
que temos um Mercedes com um "R".
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Como tantas outras pessoas.
- Vai subir?
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Se não lhe der jeito agora...
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São só algumas perguntas.
- Com certeza.
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Serviu-se do carro na noite do acidente?
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Em que noite foi?
- Na 3a-feira passada.
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Não sei... Tenho de pensar.
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Mais alguém usa o seu carro?
- A minha mulher, às vezes.
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E os tipos da garagem.
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Deixa ficar as chaves
e eles é que o arrumam? Podemos vê-lo?
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Ao carro? Agora?
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Nós procuramos factos
pertinentes com este acidente.
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Se não os encontrarmos,
não o incomodamos mais.
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Então querem ir ver o carro, é?
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Não temos descrição do condutor,
só podemos ver os carros.
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Assim, temos de incomodar
muita gente inocente.
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Desculpe a maçada,
mas faz parte da nossa rotina.
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Compreendo.
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Mas se os senhores têm a vossa rotina,
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também eu devia ter a minha,
nestas circunståncias,
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tendo eu um carro desses.
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Percebem?
- Não muito bem...
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Se há uma rotina nesta investigação,
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também deve haver uma rotina
para uma pessoa como eu,
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dono de um carro
com uma certa matrícula.
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É isso que tenho de ter em mente.
A rotina!