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O Kennedy arrasou-o de todo,
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disse que se não fomos a Cuba
que está tão perto,
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porquê irmos ao Vietname
que é tão longe?
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Lá está ele outra vez
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a mostrar o cobarde que é.
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O Lem disse continuar a achar
que devíamos invadir Cuba.
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Estava em jogo dinheiro,
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e muito: cem mil milhões de dólares.
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O Kennedy distribuiu contratos,
do caça TFX, por exemplo,
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só pelos distritos cujos votos
lhe interessavam para 64
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e os que realmente mandam,
ripostaram, à maneira deles.
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Há que vigiar o que vier de Saigão.
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Não podemos deixar o McNamara
meter o bedelho nisto;
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de cada vez que lá vai
informar-se da situação
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faz o Presidente borrar-se de medo,
na volta!
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Quero o Max Taylor colado a ele,
noite e dia.
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Quem controla o McNamara
controla o Kennedy.
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Acho que a ideia surgiu assim,
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por acaso.
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Em conversas entre fornecedores
de material bélico, gente do petróleo.
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Um telefonema é feito a alguém
como o meu chefe, o General Y...
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Vamos para a frente, precisamos de ajuda.
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Quando?
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No Outono. Provavelmente no Sul.
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Precisamos dum plano.
- Eu trato disso.
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É compartimentado,
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ninguém disse: "Ele deve morrer. "
Não houve votos, nada no papel,
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ninguém é responsável.
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É tão velho como a crucificação.
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Ou o pelotão de execução,
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cinco cartucheiras, uma delas vazia;
ninguém tem culpa.
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Toda a hierarquia do poder
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fica com um alibi plausível,
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não há ligações comprometedoras
a não ser no momento fulcral.
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Mas o êxito tem de ser certo;
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não importa quantos morrem
ou quanto custa,
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os conspiradores têm de estar
do lado vencedor.
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E nunca sujeitos a ser acusados de nada,
por ninguém.
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É isso um coup d"Etat.
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Kennedy anuncia
a ida ao Texas em Setembro.