:57:03
Não sei onde procuramos,
:57:05
mas não consideramos motoristas,
homens do lixo.
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Não lhes damos hipótese,
mas são bons homens.
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Quantos homens conhecem, negros,
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que saibam lidar com parceiras
mais instruídas e com mais dinheiro?
:57:20
Poucos. Assustam-se, isso sim.
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O certo é que estamos a perder
os nossos homens. Essa é a questão.
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Muito disto
não tem nada a ver com os negros.
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Queremos culpá-los,
e a culpa é deles.
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Parte disto é que estas mulas brancas
se atiram aos negros.
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Vêem como olham para eles?
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Não podemos sair com o nosso homem
sem que as mulas se atirem a eles.
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Dão a pachacha
porque os pais as fechavam à chave.
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Ao fazerem 18 anos e ao saírem
de casa, querem é pila preta.
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Querem, querem.
Pode ser tua ou minha, mas querem-na.
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- E conseguem-na.
- Falemos um pouco dos negros.
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Muitos odeiam-se a si próprios,
não conseguem lidar com negras.
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Como sabes?
Tu não queres nada com eles.
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Saio com negros, mas também chineses,
latinos, judeus. Toda a gama.
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Isso não ajuda a resolver o debate.
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Achas que devo sair com negros,
mas eu saio com quem eu quiser.
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Dêem-me um homem, sem olhar a cor,
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que seja bom para mim, amoroso,
e que eu acredite que me ama.
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- Não se trata de cor.
- Não sou moça do tipo arco-íris.
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Tu és a campeã do arco-íris.
Sabemos que és assim.
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Farei uma peregrinação a África,
à pátria, e arranjo um homem tribal.
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- Um verdadeiro negro oriental.
- Com uma pila até aos joelhos,
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que me faça feliz dias a fio.
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- Pila Zulu!
- Exactamente.
:58:48
- Uma bela pila Zulu no vale.
- Indecente!
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Sabem o que é não ser atraente?
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- Como podes acreditar nisso?
- É o meio que nos rodeia.