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Disse-me bom dia uma vez.
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Paulie, fodeste-a?
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Comeste-a?
Sabes que as pretas gostam de foder.
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Nasceram assim. Colocas a sela,
e montas nelas até ao horizonte.
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Digo-te, adoram.
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- Como sabes?
- Perguntou à mãe.
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Que quer isso dizer?
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A minha mãe não é preta. É escura.
Há italianos escuros.
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- Tão brancos como nós.
- Calma!
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- Estamos a gozar.
- Ao menos o meu irmão não é drogado.
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- Frankie!
- O Tony está a metadona.
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- Viciado.
- Está em recuperação!
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- Vai-te foder.
- Eu? Vai tu!
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Não fales do meu irmão!
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O teu irmão é um ladrão!
Roubou-me o auto-rádio!
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- Como sabes?
- Tentou vender-mo!
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És um tretas. Ninguém te dá ouvidos!
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- Pergunta ao Sonny!
- Que se foda o Sonny!
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Que se foda o Sonny?
Vou apertar-te o pescoço!
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Arranjem um emprego,
façam qualquer coisa!
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Deixa-me em paz.
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Nem tens coragem para
engatar um cu duma preta!
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- Não tens tomates.
- O quê?
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- Não tens colhões.
- Diz quem?
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- Dizemos todos!
- Só te ouço a ti.
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- Eu mando aqui...certo?
- Sim, como queiras.
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- Somos apenas amigos, está bem?
- Amigos! Nada disso.
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Ou andas a comê-la ou não.
E tu não comes nada!
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Tens ciúmes porque ela
me fala todas as manhãs.
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- Morremos de inveja, Paulie.
- Paulie. Tens visto a Angie?
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Tens saudades dela?
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Vive no Harlem.
Comprou um vestido africano.
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Comprou um par de Nikes
sem atacadores.
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Tens cá uma língua! Caluda!
Come o raio do bolo.