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Tu.
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Senhor, negamos ser tal.
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- Escrevestes que eles negam?
- Estais a interrogar mal.
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Tendes primeiro de chamar
os guardas que os acusam.
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Aproximem-se os guardas.
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Em nome do príncipe, ordeno-vos
que acuseis estes homens.
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Este disse que D. John,
o irmão do príncipe, era um vilão.
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- Escrevei, "Príncipe John, vilão."
- Senhor chefe da guarda...
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Silêncio, companheiro.
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Não gosto nada do teu ar.
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Que mais é que ele disse?
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Que D. John lhe pagou mil ducados
para caluniar a dama Hero.
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- O maior dos assaltos!
- Sem dúvida.
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- E que mais?
- Que o conde Claudio, em ouvindo,
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humilharia Hero em público
e não casaria com ela.
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Por causa disto, serás condenado
à redenção eterna.
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- Que mais?
- É tudo.
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O príncipe John fugiu em segredo
hoje de manhã.
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Hero, desta maneira acusada
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e repudiada,
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tomada pela dor,
morreu subitamente.
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Chefe da guarda, algemai
estes homens e levai-os a Leonato.
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Vamos lá a isso.
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Mãos atadas!
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Deixa-me, pavão!
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Por Deus, onde está o sacristão?
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Ele que escreva,
"O guarda do príncipe é um pavão."
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Quero-o bem amarrado. Canalha!
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Não passas de um asno!
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És um asno!