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Pela última vez, ouvi uma voz
que não era a da minha mãe,
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a sussurrar, "Bom dia, Colombo".
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Não me incomodou. Então a voz
ficou mais baixa e tornou-se num vento
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que trouxe o cheiro tranquilo
de colónia barata.
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E percebi, tal como Colombo, que tinha
que viver num mundo de colónia barata,
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e não tinha a certeza se seria possível
mais alguma descoberta na América.
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Alisar estradas e contar
peixe não era ciência,
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mas de alguma forma
preparou-me para o oceano...
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Não sei porquê, mas as palavras do meu pai
saltaram de novo para a minha cabeça.
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Se o trabalho era como
um chapéu na tua cabeça,
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e mesmo que não tivesses calças,
não deverias ter vergonha do teu rabo,
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porque tens um chapéu.
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E apesar de o meu tio Leo ter trabalhado
por tudo o que conseguiu,
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não tenho a certeza se ele
conseguiu tudo o que precisava.
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A Elaine e a Grace eram
mesmo uma pessoa só,
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grandes demais para um só corpo, não
importa quanto se amavam ou odiavam.
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Depois da tempestade,
não podia dizer que a vida é bela,
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mas tudo pelo que eu mantive esperança
foi de o rapaz Esquimó do meu sonho
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sair de uma destas portas e abraçar-me.
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Apesar de não me sentir mais como um peixe,
e aperceber-me que não sabia nada.
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Estava feliz por estar vivo...