:49:00
Moe, dá-lhe uma cerveja.
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É escritor? Não sabia
que conheces escritores.
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- Fazes-me um favor e calas-te?
- Não me mandes calar.
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Primeiro: para começar,
não acredito que ela goste do gajo.
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Está sempre a chateei-lo
e isso não é amor,
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é manter um gajo na prisão.
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Mas se troçasses tudo
e o deixasse ela,
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depois sentia-se tão mal que tinha
o esgotamento e ficava pílulas.
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Como vai isso, Cheeçh?
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Túlio, depois falamos, quero
fazer uma aposta nos Cardinal.
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Estão em maré alta.
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Ensina boas maneiras
ao teu amigo e leva-o.
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Estavas a dizer...
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Portanto, se a doutora
sente o mesmo que a Sylvia...
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Chama-se Sylvia, não é?
Havia uma Sylvia no meu bairro.
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Como se chamava ela?
Sylvia Pincus.
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Uma judia cheia de banhas,
casada com um tipo minúsculo.
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Cortou-o aos bocados e mandou-os
pelo correio, para o país inteiro.
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- Não sei o que tentava provar.
- Contas isso á minha frente?
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- Tem calma.
- Tenho um estômago fraco.
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- Estavas a falar da peça...
- Não me interrompas.
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Que dizias sobre a Sylvia?
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Se a médica sente
o mesmo que a Sylvia...
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identifica-se mais com a paciente?
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Isso, e assim já faz sentido
ela ter ciúmes.
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E porque não puseste na peça
a discussão do tenente com a médica?
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Isso é dar á história uma direcção
completamente diferente...
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Pensa nisso.
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Como saberia o público
que a Sylvia se sente culpada?
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Não sei, espera...
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E se arranjasses maneira
de ouvirmos o que ela pensa?
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Pô-la a pensar alto?
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Porque não? É uma peça,
não a sério. E dá-lhe força.
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Pensa na ideia.
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- E tu, não me interrompas mais.
- Desculpa.