Bullets Over Broadway
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1:30:01
escritas propositadamente
para ninguém as produzir.

1:30:03
- A Ellen está aí?
- Não!

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Eu acho que está.
1:30:05
Parabéns pelo teu sucesso,
eu sempre acreditei em ti.

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Pois enganavas-te...
Quero fazer-te uma pergunta.

1:30:14
Amavas em mim o artista ou o homem?
1:30:16
Os dois.
1:30:18
E se não fosse realmente artista?
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Podia amar um homem que
não fosse realmente artista,

1:30:23
mas nunca um artista que
não fosse realmente homem.

1:30:26
Isso é tudo académico!
Ela agora está comigo.

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Queres mesmo ficar com o Flender?
1:30:32
É um amante fantástico.
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Eu dormi com o Flender.
E ele era apenas normal.

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Rita, por favor!
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Rita, isso foi há séculos,
no teu período de amor-livre!

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Acho que depende da relação.
Para mim, é fantástico.

1:30:46
Que interessante... Referes-te
á parte mecânica, ou quê?

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Tem uma técnica prodigiosa.
1:30:52
- Estás a confundir sexo com amor!
- Não, para mim o amor é profundo.

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E o sexo é questão de uns centímetros.
1:30:59
O que interessa aqui é ser capaz
de dar prazer várias vezes ao dia.

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Francamente, Flender,
que tem a quantidade a ver?

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- É o que afecta a qualidade.
- Quem disse?

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- O Karl Marx.
- Ah, falamos de Economia?

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- O sexo é Economia!
- Ellen, anda cá abaixo. Eu amo-te.

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Quero falar contigo, desse.
1:31:18
- Está bem.
- Espera lá um segundo, e eu?!

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És fantástico mas não valeria
de nada, nunca esqueceria o David.

1:31:24
Não viste que sempre que
me vinha gritava ''David!''?

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Pensei que gritasses ''Dá-me''!
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Flender, está calado
e deixa-os em paz.

1:31:32
Não vês que eles se amam?
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Acabou-se, recuso continuar a viver
em sótãos, comer queijo e vinho,

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analisar a arte em cafés... Chega.
1:31:47
Amo-te, quero casar contigo.
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Mas tu és um sucesso. Tens um êxito.
1:31:52
- Vamos ter filhos...
- Porque mudaste de ideias?

1:31:54
Porque já perdi demasiado tempo.
Eu amo-te.

1:31:57
- Mas és um artista...
- Não sou nada.

1:31:59
Explico-te tudo no comboio
de volta a Pittsburgh.


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