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Nove.
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Que diz a empresa?
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Querem transferir-me para
Austin, para fazer terapia.
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Austin?
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Não saio daqui.
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Nós não vamos.
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- Vou apresentar queixa.
- De quê?
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Assédio sexual.
Temos arbitragem amanhã.
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Quando tencionavas dizer-me?
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Lindo. Ires sem a tua mulher.
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- Eu resolvo tudo.
- Estás louco? Eles destroem-te!
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- Não penso ir tão longe.
- Isto vai arruinar as nossas vidas.
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Testemunhos, bisbilhotice e despesas,
tudo por causa de uma vingança pessoal.
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E as pessoas só se vão lembrar
que estiveste metido numa coisa suja.
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- Tens advogado?
- A Catherine Alvarez.
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Boa.
Quando é que aparecemos na televisão?
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Mas se fosse contigo...
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Fazes ideia de quantas vezes
já me aconteceu?
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- Nunca me disseste nada.
- És tão egocêntrico.
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Nada acontece até acontecer contigo.
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- Devias ter-me dito.
- Faço o que todas fazem.
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Vivo com isso. Amanhã vais lá
e resolves o assunto.
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Pois, devia ter-me calado
e saltado para cima dela.
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Pede desculpa e retoma o emprego.
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Pedir desculpa?!
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As crianças estão a dormir.
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Pensando melhor, porque não admitir?
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Serei o garanhão de que todas se
queixam e posso foder à vontade.
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Tom, pára com isso!
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Estás a assustá-la!
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Estou com vontade!
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Olha os miúdos!
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São os meus filhos que eu
sustento e que eu protejo!
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Eles podem meter-se entre nós,
mandar-nos embora, tirar-me o emprego...
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e a casa que construímos!
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E eu peço desculpa?
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Eles acusam-me de violador e
eu peço desculpa. Que piada!
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O assédio sexual tem a ver com o poder.
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E desde quando é que eu o tenho?
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Desde quando?