Forrest Gump
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As costas é que estão tortas
que nem um político.

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Mas vamos endireitá-las,
não vamos, Forrest?

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A minha mãe pôs-me o nome
do grande herói da Guerra Civil,

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General Nathan Bedford Forrest.
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Disse que éramos
parentes afastados.

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Acho que fundou um clube
chamado Ku Klux Klan.

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Vestiam-se com túnicas e lençóis,
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e andavam feitos uns fantasmas,
ou assombrações, ou lá o que era...

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Também punham lençóis nos cavalos
e montavam-nos assim.

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Por isso me chamo Forrest Gump.
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A minha mãe dizia que o nome Forrest
serviria para lembrar

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que todos nós
fazemos coisas sem sentido.

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Espera.
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Já está. Estão a olhar para quê?
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Nunca viram um miúdo com talas?
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Nunca deixes que digam
que são melhores que tu, Forrest.

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Se Deus quisesse
que fossemos todos iguais,

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tinha-nos posto talas a todos.
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Explicava-me sempre as coisas
de modo a eu perceber.

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Morávamos a uns 400 metros
da Estrada Nr. 17,

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a cerca de 800 metros
da vila de Greenbow, no Alabama.

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No condado de Greenbow.
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A casa fora sempre da família,
desde que o trisavô dela

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atravessara o oceano,
há uns mil anos.

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Como vivíamos sós,
e tínhamos muitos quartos vagos,

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a minha mãe decidiu alugá-Ios
a forasteiros de passagem,

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vindos de sítios como Mobile,
Montgomery, e outros.

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Era assim que arranjávamos dinheiro.
A minha mãe era muito esperta.


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