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Os rapazes estão seguros
com a mãe. Não te preocupes.
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Obrigado.
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Eu só roubava e mentia.
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Mas desde que te conheci...
Bem, acho que vou virar uma página.
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- Não vou roubar mais.
- Quais são os teus planos?
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Não sei.
Talvez tenhas umas ideias.
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Muito bem, meninos, comam.
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Se vão lutar contra o império precisam
de potássio.
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Conta-nos uma história, avózinha.
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Está bem.
Não precisam de obrigar.
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Quando era jovem,
era exímia a apanhar dardos.
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A melhor na terra.
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Um dia, um monge mau atirou
cem dardos na minha direccão.
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Mas com as minhas mãos que era
rápidas que nem um raio,
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apanhei duzentos e noventa e oito
em pleno ar.
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Depois, apanhei um entre os dentes.
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Avózinha,
o que aconteceu ao último dardo?
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Ao último?
Apanhei-o entre os dedos dos pés.
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Já chega de risota.
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Podia ensinar-vos umas coisas
de Kung Fu.
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É bom que acreditem. Há uns anos
atrás era considerada Mestre.
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Uma vez, tive que lutar com
vinte e dois homens.
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Fantasma!
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Fiquem atrás de mim, rapazes.
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É o mestre Chan.
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Vejam, ele vem jantar connosco.
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Que giro.
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- Mestre Chan.
- É amigo seu?
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Por favor, senhor.
Não nos faca mal.
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Estes rapazes são tão doces
e inocentes.