Lisbon Story
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1:04:18
" Q uando eu era criança,
vivia desconhecendo,"

1:04:22
" para que agora possa ter
essa memória de então."

1:04:28
" Hoje sinto aquilo
que então era."

1:04:33
" Agora a minha vida prossegue,
feita com as minhas presunções."

1:04:39
" Mas nesta prisão,
meu único livro,"

1:04:43
" leio o sorriso de outra pessoa,"
1:04:46
" daquele que fui outrora."
1:05:18
Primeiro dia da experiência.
1:05:20
Este aparelhozinho regista
automaticamente, vá eu onde for.

1:05:24
Posso estar nesta padaria
1:05:27
e os meus olhos são livres
de olhar para onde quiserem.

1:05:30
É mesmo disso que eu preciso,
um caderno de rascunho visual.

1:05:34
Segundo dia da experiência.
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Lentamente acostumo-me
a não controlar a situação.

1:05:40
Tento deixar caminhar os meus
pés e vaguear os meus olhos.

1:05:45
A máquina grava sozinha.
1:05:48
Terceiro dia da experiência.
1:05:51
A solidão é uma condição
para aquilo que faço.

1:05:56
Q uem, senão o solitário,
1:05:57
se disporia a perder-se a si mesmo
e penetrar a vida da cidade?


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