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Q uarto dia da experiência.
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Q uando se filma,
o tempo é tão precioso,
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que tentamos concentrar tudo
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no momento em que
a câmara está presente.
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O que acontece antes
e depois não conta.
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O tempo é uma experiência
inteiramente nova.
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Não tem sobressaltos.
Tudo conta da mesma maneira.
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Já não selecciono.
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Q ue liberdade!
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Sexto dia da experiência.
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Não me apetece nada
voltar para casa.
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A casa impede-me
de estar com a cidade.
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Cria uma precção
que eu já não quero.
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Sinto o meu coração bater
literalmente de prazer.
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A minha visão
paira sobre a cidade,
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os meus olhos tocam-na,
como se mãos fossem...!
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O que eu vejo e o que sou
unem-se numa entidade.