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- Claro que defendeu.
- Para quê?
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Fez de ti quem tu és.
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Um homem que não teme nada.
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Podes usar esse dom.
Senão, mais valia teres morrido.
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Não sabes quantas vezes desejei
que isso tivesse acontecido.
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Mas não morreste. Ficaste vivo.
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- Diz-me o que devo fazer.
- A vida é tua.
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Dou-ta.
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Esqueces que estou noiva.
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Se pudesses escolher livremente,
casarias com Artur?
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- Eu sou livre. Tão livre como tu.
- Prova-o.
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- Como?
- Esquece quem és.
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Deixa o mundo e os que nele vivem...
desaparecerem, excepto nós.
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Faz o que queres fazer.
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Aqui. Agora.
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Ali está ela!