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Senhoras e Senhores,
estamos perante um homicídio.
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O assassino pôs-lhe um balde á frente
e continuou a servi-lo calmamente.
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O médico diz que poderá
ter durado mais de 12 horas.
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A vítima tinha a garganta inchada,
devido ao esforço,
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e deve ter perdido os sentidos.
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Depois, o assassino golpeou-o
e ele rebentou.
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Estupor sádico, não?
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Se se quer matar alguém,
dá-se-lhe um tiro.
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Não se perde o tempo
que este acto implica.
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A não ser que o acto
tenha um significado.
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Alguém tinha contas a ajustar
com o gordo e resolveu torturá-lo,
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é tão simples como isso.
- Nos sacos, havia dois recibos,
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o que significa que o assassino
teve de voltar ao supermercado.
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E depois...?
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O caso é dele,
eu cá passei o dia á chuva.
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lsto é o princípio.
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Temos um morto e não três.
- Sem motivo.
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Nem comeces com ideias mirabolantes.
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- Dê-me outro caso.
- O quê?
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Que conversa é essa?
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Este não pode ser o meu último caso.
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Vai durar uma eternidade.
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Faltam-te seis dias para a reforma.
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Não seria a primeira vez
que deixas um caso a meio.
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Levei os outros casos
até onde era humanamente possível.
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- Posso ser franco?
- Estás entre amigos.
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Este não devia ser
o primeiro caso dele.
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Eu já sabia! Não é o meu primeiro
caso, cretino.
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- É cedo de mais para ele.
- Estou aqui. Diga-mo na cara.
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É cedo de mais para si.
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Capitão, podemos falar a sós?
É óbvio que isto não funciona,
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é pessoal. O melhor...
- Cale-se, Mills.
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Não tenho mais ninguém, bem sabes.
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O caso é nosso. Não posso
passá-lo ás Forças Especiais.
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- Entregue-mo a mim.
- O quê?
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Ele não o quer, que se lixe!
É mesmo assim. Dê-mo a mim.
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Não. É a si que vou destacar
para outro caso.