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a justiça nunca será imparcial.
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Ela continuará sendo uma
reflexão de nossos preconceitos.
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Até lá,
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temos o dever, perante Deus,
de buscar a verdade.
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Não com nossos olhos e mentes...
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porque o medo e o ódio fazem
surgir preconceitos do convívio...
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mas com nossos corações,
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onde a razão não manda.
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Quero contar uma história.
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Vou pedir para que fechem os olhos...
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enquanto eu a conto.
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Quero que me ouçam e
que ouçam a si mesmos.
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Vamos,
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fechem os olhos, por favor.
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É a história de uma garotinha...
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que voltava do armazém
numa tarde ensolarada.
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Quero que imaginem a garotinha.
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De repente, surge uma picape.
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Dois homens saem e a agarram.
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Eles a levam para uma clareira...
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amarram-na...
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arrancam-lhe as roupas do corpo...
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e montam nela...
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primeiro um, depois o outro...
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estuprando-a...
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despedaçando tudo o que há de inocente...
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com suas arremetidas...
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numa névoa de hálito ébrio e suor.