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A miúda não era minha,
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a bebé Dawn não era minha,
não era minha filha.
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Do Spud, do Swanney,
do SicK Boy... Sei lá.
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Talvez a Allison soubesse,
ou se calhar não.
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Quem dera saber o que dizer,
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qualquer coisa simpática,
humana...
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Diz qualquer coisa, MarK.
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Dizes qualquer coisa, porra?!
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Vou preparar um chuto.
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Prepara-nos um chuto, Rents,
estou mesmo precisada de usar.
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Pois estava, via-se isso
muito bem.
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Para anular a dor.
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Portanto preparei-o,
e ela chutou-se.
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Mas só depois de mim,
nem é preciso dizer.
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Pelo menos tínhamos ficado
a saber quem era o pai...
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Não foi só a bebé
a morrer naquele dia;
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algo dentro do SicK Boy
perdeu-se e nunca mais voltou.
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Não devia ter teoria que
explicasse uma coisa assim.
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Eu também não tinha.
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A nossa única reacção
foi foder tudo,
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fazer merdas
umas atrás das outras,
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dissolvê-las numa colher
com uma gota de bílis
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e injectá-las numa veia puru-
Ienta e recomeçar o processo.
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Acordar, sair, roubar, assaltar,
lixar a vida às pessoas,
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esperando o dia em que tudo
acabasse correndo mal.
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Porque não importa
quanto se amealhe ou roube,
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nunca se tem que chegue.
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Por muito que se roube
e se foda a vida às pessoas
:39:55
é sempre preciso
fazer tudo outra vez.