Deconstructing Harry
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Continue, Sr. Farber.
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Doutora...
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E esta noite mesmo, filho de uma pêga.
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Papá, a minha Pepsi !
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Tu estiveste
até com a tua ex mulher e irmã e eu nasci.

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Que queres dizer ?
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Da tua caneta. Da tua fértil imaginação.
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E que imaginação !
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A Joan não tem nada a ver com isso...
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Criaste-me como a Judia híbrida e perversa...
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que abala com um paciente,
um divorciado ortodoxo de Tel Aviv.

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Ela não devia ter
casado com o Burt, ele tornou-a numa zelota.

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Ela ama-te. Não é
culpa dela que o teu pai te tenha perseguido.

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Ela estava bem até
se encontrar com esse falcão reaccionário.

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E assim desapontou-te na escolha do marido ?
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Merda, ela ama o Burt !
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Ela era
uma rapariga genial, com dons para a física,

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e de repente, ei-la na Kosher.
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Ela continua a amar-te,
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apesar
da tua condescendência para com a sua vida.

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Ela ama-me ?
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Queres saber o que ela diz de ti ?
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Ele não é mau. Era muito bom irmão.
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Mas o Papá nunca
lhe perdoou quando a mulher dele morreu.

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O homem não é um Judeu, é tudo.
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Pobre Harry, ele perdeu sempre.
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Nunca
aceitou que há coisas que não se pode saber.

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O homem é incapaz de um acto de fé.
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Nisso, tenho pena dele.
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Gostaria de
o abraçar, como quando éramos crianças.

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Se eu estava zangada,
ele era um verdadeiro conforto para mim.

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O que nos aconteceu ?
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Ela não te pode ouvir.
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E quanto à Joan...
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A Joan detesta-me.
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Ela não devia ?
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Porquê ? Porque eu fui infiel ?

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