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Tenho dúvidas que queria discutir.
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Se deixamos uma empresa grande
como a Calnet assumir o controlo,
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não vamos ser mais os mesmos.
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- Entendes? Seremos eles.
- Deixa-me explicar-te algo.
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"Eles" têm os melhores hospitais,
os melhores laboratórios,
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e "eles" vão pagar-nos muito,
mas muito dinheiro.
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Juro que quando penso em dinheiro,
dá-me vontade de chorar.
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- Olha para mim.
- Aquilo são lágrimas verdadeiras.
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No Sábado, sentamo-nos à mesa com
a Calnet. Estou todo entusiasmado.
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Esperem aí. Sábado de manhã?
Tenho de levar a minha família para o campo.
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Não leves.
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Vês? Já está a acontecer.
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- O quê?
- Obrigam-te a negligenciar a família.
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Gene, calma. Não é nada disso.
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- Sra. O'Brien?
- Sim.
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Como está? O seu estômago...?
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Sábado de manhã.
Gene, sem camisola de cavas.
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- Sra. Parkus.
- Sim, Doutor?
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- Sra. Parkus. Voltou a comer marisco?
- Só caranguejo.
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- E qual é a palavra do meio?
- Marisco.
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O Rodney perdeu-se. Não está na gaiola.
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Temos de ir. Eu encontro o hamster.
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- É um porquinho-da-índia.
- Seja. É roedor. Eu encontro-o.
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Oh 'noz-moscada', vamos.
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Põe-me melhor cara.
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Assim está melhor.
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- Ela está a ficar espertinha.
- Tal como tu.
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Este negócio é mais do que dinheiro.
Se vendes, eles mandam em ti.
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lsto vai ser bom para nós.
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Estou farta disso. É sempre para nós,
John. Mas às vezes não sei quem é 'nós'.
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Como assim? Nós somos nós.
Eu, tu, a Maya e a Charisse.
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Lisa, quanto mais tiveres,
mais tempo passas com a família.
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Entretanto tens de contentar-te com
este carro desportivo que desejas tanto.
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- Mesmo aqui. Belo.
- Oh, meu Deus, John. Não acredito!