Fear and Loathing in Las Vegas
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Ofereceu-me sangue humano,
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para eu ter a maior curtição
da minha vida.

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Pensei que ele estivesse
a gozar,

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por isso disse-lhe que preferia
“adrenochrome” puro

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ou uma glândula supra renal
fresquinha para roer.

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Conseguia sentir o líquido
a fazer efeito.

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A primeira vaga parecia um misto
de mescalina / metedrina.

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Se calhar,
devia era ir dar um mergulho.

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Sim, senhor.
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Eles prenderam o fulano
por andar a molestar criancinhas.

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Ele jurou que não.
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“Porque haveria de foder criancinhas?
Elas são pequenas de mais.”

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O que havia de dizer? Até um
lobisomem tem direito a um advogado.

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Não tive tomates
para me recusar a defendê-lo.

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Ele podia ter agarrado numa faca
de abrir cartas e ter-se atirado

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à minha epífise.
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-Estás a ver...
-Sim.

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-...flipado de todo.
-E porque não?

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Devíamos...
devíamos arranjar disso.

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Metíamos um bocado daquilo
para ver o que acontecia.

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Daquilo o quê?
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Extracto de epífise.
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É uma boa ideia.
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Uma “snifadela” daquilo e ficavas
uma coisa inenarrada

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em qualquer enciclopédia médica.
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Que mamas porreiras, pá!
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E pá, a cabeça vai-te inchar
como uma melancia!

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Vais engordar para aí
uns 45 quilos em duas horas.

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-Pois!
-Vão-te crescer umas garras...

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e umas verrugas a escorrerem
sangue.

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E vais ver que te estão a aparecer
umas 6 tetas enormes nas costas.

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Fantástico!
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Ficas cego.
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O teu corpo transforma-se
em cera.

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Têm de te pôr num carrinho de mão
e quando gritares por ajuda


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