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Era preciso subir 104 degraus.
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Fiquei em forma
a compor para o Album Negro.
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Mas o Enter Sandman
tinha um riff do Kirk.
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Era uma cassete dele de riffs.
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Vimos logo que dava uma boa canção.
Penso que foi uma boa escolha.
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O riff do Enter Sandman
foi o primeiro com o qual trabalhámos.
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Compusemos esta canção
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e, se a ouvirmos bem,
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a introdução, a transição e o refrão,
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tudo deriva do mesmo riff,
em termos de acordes.
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É como se fosse uma canção-riff.
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Ficámos espantados por compormos
uma canção tão simples.
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Algumas canções compõem-se
de uma forma quase predestinada.
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Com outras temos de nos esforçar,
trabalhar bastante
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e, ás vezes, nunca funcionam.
São logo excluidas.
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Não vale a pena
ter canções médias como suporte.
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Não vale a pena.
Queremos que todas sejam boas.
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Têm de ter 110$% $ de concentração,
tém de ser sólidas.
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Quando um riff não funciona
é logo posto de lado.
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Assim que começávamos a tocar,
sabíamos logo.
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Sandman ficou rapidamente pronto.
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Foi estranho, porque foi a primeira
que compusemos.
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Mas também foi aquela para a qual
já tínhamos composto música
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e só arranjámos a melodia vocal
para ela passado muito tempo.
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Acontecia sempre a mesma coisa.
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Eu e o James compúnhamos
apenas a música da canção.
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Depois, a pouco e pouco, ele desenvolvia
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a melodia vocal e os padrões vocais.