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Tinha de saber, não era?
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Não podia deixar o seu vizinho em paz.
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Não andou a investigar-me?
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Não?
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Acha que deixaríamos
alguma coisa ao acaso?
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Escuto, Sombra. Avança.
Ainda estamos a tempo.
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-Vai sentir a falta do seu filho?
-Por favor!
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Não me deu alternativa!
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Acha que queria isto?
Disse-lhe que o teria de volta.
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Que faço agora?
Como é que vou confiar em si?
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Para onde o leva?
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Onde está a bomba?
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Sou um mensageiro, Michael.
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Há milhões à espera de pegar em armas.
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Prontos para espalhar a palavra! Milhões!
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-Não estão a matar o governo!
-Sim, eles vão pagar. Pelos seus pecados.
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-Matam crianças!
-Mentiras, não. Crianças?
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-Morrem crianças!
-É uma guerra.
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Na guerra, as crianças morrem.
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Está connosco! Está connosco!
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Quando lhe perguntarem em que acredita,
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diga-lhes que acredita em explodir famílias,
em deixar filhos sem pai.
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O seu pai matou-se mesmo, filho da mãe?
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Ou foi aí que se iniciou?