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Chamo-me Pío Leyva,
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o cubano das terras-altas.
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Chamo-me Manuel Licea,
``Puntillita``.
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Pronto, aí vem a tua cura...
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E dominó!
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Não vês que sou um fenómeno?
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A mim nunca hás-de tu bater,
Puntillita,
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ao dominó eu sou o maior.
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A cantar serás tu o melhor,
mas ao dominó...
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Ninguém me vence.
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vamos lá para dentro?
- Não, esperamos que nos chamem.
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Puntillita, Pío,
para o estúdio!
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santa Maria, logo quando
lhe dava uma tareia ao dominó,
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tenho de ir para o estúdio.
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Ganhaste três jogos e eu, dois.
- Continuamos isto depois.
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Anda ver como vai a gravação.
- E que música gravam eles.
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Contra mim não podes jogar...
- Deixa-me em paz.
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Deixo porquê, não me digas
que te irritei?
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sinto-me felicíssimo
por ter tido a oportunidade
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de estar envolvido no projecto,
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na capacidade de coordenador
das actividades
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de todas estas grandes figuras
da música cubana,
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que infelizmente tinham sido
praticamente esquecidas no país.
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Músicos do nível do pianista
Rubén González,
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que considero um dos três maiores
pianistas nossos de sempre;
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homens como o Ibrahim Ferrer,
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um dos maiores cantores
cubanos de sempre,
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também infelizmente esquecido
por mais de dez anos...