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Não tinha bilhete.
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O Apóstolo está aqui.
- Já percebi.
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Então sabes quem era a miúda
que estava com ele.
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A Última Descendente, imagino.
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Merda, meu, talvez devessemos
repensar esta coisatoda.
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Ouviste o tipo.
Disse que havia consequências.
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E Azrael disse-nos que estamos marcados.
Há mais coisas do que pensavamos.
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Estive quase.
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Estive quase a cortar o pescoço
daquela cabra.
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E sabes como me senti?
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Justo.
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Justificado. Desejoso.
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Estás bem? Tens os olhos...
- Tenho os olhos abertos.
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Pela primeirra vez,
compreendo tudo.
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Quando aquela inocente rapariga
deixou escapar a sua missão,
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tive uma revelação. Ao princípio eramos
apenas nós e Ele. Anjos e Deus.
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Depois, Ele criou os humanos.
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A nossa vida foi destinada ã servidão,
ã adoração,
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ã veneração, a sermos postos de lado
e a adorarmos.
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Deu-lhes mais do que alguma vez nos deu.
Deu-lhes escolha.
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Eles escolhem reconhecer Deus
ou ignorá-lo.
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Todo o tempo que estivemos aqui,
não senti a presença divina.
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E isso tem-me magoado como penso
que te tenha magoado ati.
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E porquê?
Por causa da maneira como Ele nos fez.
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Se tivessemos livre escolha poderiamos
escolher ignorar a dor.
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Mas não, nós somos servos.
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O que eu acho é que um de nós
está a precisar duma soneca.
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Acorda! Os humanos conspurcaram
tudo o que Ele lhes concedeu.
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Foi-lhes dado o Paraíso e jogaram-no fora.
Foi-lhe dado este planeta e destruiram-no.
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Foram favorecidos com o melhor
do Seu empenho.
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E alguns deles nem sequer acreditam
que Ele exista!
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E apesar disso, Ele mostrou o raio
de uma paciência infinita,