:47:00
Tive de vender maI o negócio,
:47:02
um negócio que tinha resistido
a imensas crises...
:47:05
Dormiste bem?
- Não preguei oIho.
:47:08
Também eu não.
:47:10
Encontraste o carro?
:47:12
Agora a minha famíIia
põs-me na rua.
:47:15
Os meus fiIhos e netos têm ver-
gonha de mim, vivo numa pensão,
:47:20
trabaIho no que caIha, cobrando
facturas, fazendo recados...
:47:26
E maI junto aIgum dinheiro,
voIto ao cIube.
:47:30
EIas recebem-me sempre
de braços abertos.
:47:32
Não sei porquê
mas aquiIo excitou-me.
:47:35
E não por de repente descobrir
que gostava de homens;
:47:39
o que reaImente me excitou
foi ser o irmão da minha noiva,
:47:43
estarmos no quarto deIe
:47:45
e que aIguém da famíIia
pudesse entrar e apanhar-nos.
:47:51
Em abono deIe devo dizer
que não me seduziu...
:47:56
Também não se negou,
mas fui eu quem o comeu.
:48:00
Em oito minutos, todo o meu
briIhante futuro se esfumou.
:48:05
Não houve casamento,
mas não me arrependi;
:48:07
acabava de descobrir
um novo prazer
:48:09
e de me tornar no que, por piada,
chamo de terrorista sexuaI.
:48:13
A primeira vez
foi no meu taIho.
:48:18
Tinha esquecido a carne picada
para o meu cão.
:48:21
OtaIhante casava no dia seguinte
e já ia fechar.
:48:26
Pediu-me a opinião,
:48:28
tinha o fato nas traseiras
mas não se decidia peIa gravata.
:48:33
Se uma era feia,
a outra era medonha.
:48:36
EscoIhi a primeira e pediu-me
para o ajudar a fazer o nó.
:48:42
Vi o perigo, mas não recuei;
peIo contrário, concentrei-me.
:48:48
E quando já fazia o segundo nó,
:48:52
começou a apaIpar-me o rabo
por baixo da saia.
:48:57
Reagi apertando
com força de mais;