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Voluntários para pesquisa.
900 dólares por semana.
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Oiça como organizei tudo.
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Os grupos têm personalidades
muito diferentes.
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Cada um teve um resultado muito
próprio no teste, tal como queria.
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E, segundo os gráficos, todos eles
sofrem terrivelmente de insónias.
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Que belo perfil!
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Um exemplo clássico
de personalidade dependente.
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Mas nós queremos
é pessoas sugestionáveis.
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A mãe morreu-lhe há 2 meses.
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Ela está mesmo empenhada
em fazer isto.
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E o que sugeres, Mary?
Que "diz" a tua intuição?
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Os dossiers estão
pela minha ordem de preferência.
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Que mais temos aqui? "Auto-estima
reduzida, narcisismo elevado".
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"Sensação crónica de vazio,
perturbações de identidade".
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Bom, muito bom mesmo.
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É para aqui que vamos?
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Para Hill House, sim.
É perfeita, não é?
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Certo, o comportamento dos indivíduos
sob a influência do medo
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é um tema importante e sugestivo,
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mas enquanto presidente
do departamento não posso...
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Eu sei que vocês, os clínicos, não
gostam destas questões, mas pensa.
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O que é o medo? Respostas
automáticas a um dado estímulo,
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com um elevado ritmo cardíaco
e produção de adrenalina.
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O maior problema do medo é que se
tornou socialmente inconveniente.
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As mãos suadas ajudam alguém
a falar com o patrão?
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Uma pulsação elevada serve de ajuda
num exame de admissão à faculdade?
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E nós continuamos a ter
estas reacções primordiais
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que fazem exactamente o oposto
do que deviam. Porque será?
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Não digo que essas questões
não sejam estimulantes,
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mas não é possível
conduzir a pesquisa
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de forma ética ou responsável.
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E ainda estás a atrair os pacientes
àquela casa sob um falso pretexto.
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A experiência
requer uma fachada credível.
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Chamar-lhe um estudo sobre a insónia,
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permite-me
criar um ambiente sugestivo,
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onde posso investigar
a dinâmica do medo.
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Não se diz às cobaias
que estão num labirinto!