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Eu importo-me é com o facto
de me teres traído
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por causa de uma fotografia
de reconhecimento!
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Mas ela não vale nada,
como disse!
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Mas tu não sabias
que ela não valia nada!
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Eu nunca o prejudicaria, senhor.
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Estou desarmado. Não me pode matar.
É contra o regulamento.
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Eu posso compensá-lo, prometo.
Juro. Por favor!
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Não tem de me matar.
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Matar-te?
O meu colega de maior confiança?
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Nem pensar nisso.
Temos trabalho a fazer. Anda.
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Amanhã de manhã,
temos de informar o Regedor do motim.
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Que motim?
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Aquele que tu vais fingir
que está a ser planeado,
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como se a tua vida dependesse disso.
Porque depende mesmo.
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Se a revolta dos trabalhadores
ocorrer,
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os meus informadores dizem
que o primeiro ponto na agenda
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é separá-lo a si da sua cabeça.
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Por isso é que não vai haver
qualquer revolta.
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Autorizo-o a utilizar todos os meios
necessários para a impedir.
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O melhor é aumentar os lucros
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e não cortar no salário
dos trabalhadores.
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Produção é igual a lucro.
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E eu já mandei vir tantos novos
trabalhadores quanto possível
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para impulsionar a produção.
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Mas temos de pagar
aos novos trabalhadores.
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Talvez tenhas faltado
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no dia em que ensinaram economia
na Academia, Ker.
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Ninguém trabalha de graça.
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Os homens-animais sim.
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E se os ensinássemos a extrair minério?
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Os homens-animais
a trabalharem com máquinas?